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quarta-feira, 22 de junho de 2011

SÃO JOÃO I

Começando o período junino (joanino, dizia o grande radialista campinense, Wilson Maux, por ser festas de São João), faremos, a partir de hoje, algumas postagens que lembre a época. Festa de São João lembra forró (pé de serra), milho verde, quadrilha junina, fogueiras, fogos de artifícios e muito mais.
Hoje, 23 de Junho, véspera de São João, vamos iniciar essa série trazendo fotos de um sanfoneiro local, Rivaldo Arruda da Silva. Dizendo assim poucos conhecem, mas ao se falar “Valdinho Arruda”, a coisa muda, pelo menos os amantes da música de raiz, o forró pé de serra, e os mais antigos, com certeza sabem quem ele é.
Tocador de sanfona de primeira qualidade, hoje se dedica ao fole de oito baixos, a moda Zé Calixto, e o faz mais por robby do que por fins financeiros. Se falando em Zé Calixto, foi nele que Valdinho buscou inspiração para sua arte e, através dele, como professor, se graduou no “puxar da sanfona”, aperfeiçoando o que tinha aprendido com seu velho pai, Manoel Arruda, que morava no sítio Lutador dessa cidade e também sanfoneiro.
Em seu tempo de juventude (décadas de 70 e 80) Valdinho foi integrante de importantes conjuntos da música regional, a exemplo de Chicó, Josinaldo, Diomedes, Os Três do Nordeste, Noca do Acordeom, dentre outros. E, com o aval de Zé Calixto, compôs várias músicas, dentre elas “forró do massapé” e “pela noite afora”, no estilo solo.

Vamos às imagens:

Nesta foto antiga, do início dos anos 60, Valdinho aparece ao lado do grande músico baiano Noca do Acordeom.

NOTA: Noca do Acordeom ficou imortalizado num poema de José Laurentino, Eu a Cama e Nobelina, quando numa estrofe ele diz:

Nem a sanfona de Gonzaga

Nem o acordeom de Noca

Toca música mais bonita

Que a música que a cama toca.


Valdinho Arruda, o segundo a direita (do lado de Gonçalo) se apresentando no "Encontrão Agente é Isso" em 1987.
As fotos seguintes são do início dos anos 2000, ele se apresentando do tradicinal "Forrró de Neco de Júlio", no sítio Catolé. Aqui ele aparece ladeado pela família e por amigos.
UMA TRADIÇÃO QUE SE RENOVA
Ele seguiu os passos do pai e transferiu o lagado para os filhos. São 10 ao todo, pelo menos a metade são forrozeiros. Aqui aparece Luciano, Edvaldo e Evaldo (o meu amigo Zé).
SEGUINDO OS PASSOS DO PAI
Para quem ainda não sabe que é Valdinho Arruda aí vai uma dica: ele é o pai de Geovani, hoje o mais conceituado e pode-se dizer o melhor sanfoneiro de Queimadas na atualidade.
AS TRÊS ÚLTIMAS FOTOS: 1 - SANFONEIRO GEOVANI; 2- GEOVANI SE PARESENTANDO AO LADO DE ABRAÃO; 3 - ZÉ (EVALDO), NO ZABUMBA, GEOVANI AO CENTRO E ZÉ DO VIOLÃO.


EM TEMPO: em nossos arquivos achamos essa foto (do acervo de Alisson Tavares) onde aparece o grande músico Zé Calixto (citado no texto acima), na casa de José Tavares em 1983. Ele é este que aparece em primeiro plano a direita.

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