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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

D. DULCE E A EMANCIPAÇÃO DE QUEIMADAS

Revirando os meus arquivos sobre o Município de Queimadas, encontrei uma cópia xérox, bem antiga, de um artigo sobre a emancipação da nossa cidade, escrita por Aurélio de Albuquerque, em 08/07/62, no Jornal A União de João Pessoa, onde o autor tece críticas a D. Dulce Barbosa, deixando transparecer que aquela liderança local não era de toda favorável a nossa emancipação. Como as imagens falam por si só, veja a citada cópia abaixo:



Não é preciso fazer um esforço grande para entender a posição de D. Dulce. A meu ver, Queimadas sendo cidade poderia ser o fim político para ela, que na época fazia oposição ao governador Pedro Godim e, por conseguinte, aos Vital do Rego, aliados do governo do estado por aqui.

A tese acima, se reforça numa entrevista concedida por ela, em outubro de 1992, ao jornal Acontece, periódico que circulava em Queimadas, nos anos 90.



Porém, o temor de ficar sem espaço político em sua terra, durou apenas até o fim das apurações de 1962, quando heroicamente venceu o preconceito e a eleição em Queimadas, disputando um pleito difícil contra a máquina do Estado e até do Município.

O fim político de D. Dulce se deu com o advento do regime militar no Brasil, quando ela se filiou a MDB, partido de oposição e assim, perdeu todo o espaço político nos anos 60.

Com o fim do Regime de 64, ela já estava no ostracismo e com a idade avançada, aliado a isso não preparou um substituto, suas forças então, sucumbiram frente as novas lideranças que se formaram na cidade durante esse período.


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