De uma pequena cidade,
acanhada e com ares bem interioranos, até os anos 80, Queimadas teve sua área urbana aumentada, muito mais
que dez (10) vezes, entre os anos 1990 e 2000. No ano de 1977, por exemplo, a
cidade era 14 ruas contadas. Vá contar hoje...
No final dos anos 70 veio a Vila I, a Vila II
e os loteamentos organizados por João
Bastos. Assim, a cidade ganhou nova feição com seus novos moradores urbanos
egressos, ora das propriedades rurais do município, cujos donos queriam se
livrar da figura do “morador”, ora de uma população pobre que moram nos sítios
sem a menor infra-estrutura: na “rua” tinha, pelo menos, água encanada e luz
elétrica. E este foi o primeiro apelo migratório que fez “inchar” Queimadas.
Um detalhe não pode ser
esquecido no item acima: a cidade ainda era muito pobre e sem empregos, tendo
como principal atividade econômica a agricultura de subsistência. Esses novos
moradores urbanos não tiraram o ‘pé na roça’ e tinham todas as características
rurais, por exemplo, não se afastavam de um “roçado”, por menor que fosse.
SEQUENCIANDO.
Nos anos 80 a nossa
expansão urbana se acentuou. Veio Aníbal Teixeira e o Correia Lima I. Nova Cidade, Castanho do Pé da Serra, Correia
Lima II e Vila III, são dos anos 90. Mais não parou por aí: O Castanho da Bela
Vista, o Conjunto Mariz, a Invasão e o Loteamento Cássio, Cunha Lima, todos do
final dos anos 90, se consolidaram nos anos 2000. Sem contar com outros
pequenos loteamentos que fizeram parte desse boom de crescimento do perímetro urbano desta cidade.
Explicando o item acima:
para esses novos pontos de urbanização, não vamos encontrar aquela população
meramente rural tangida do campo pelas condições adversas. Para esses “bairros”
vieram pessoas de outras cidades vizinhas a Queimadas, a exemplo de Fagundes,
Aroeiras, Gado Bravo, Barra de Santana, Caturité, Boqueirão e outras. Também
para esses espaços foram os recém casados e moradores rurais que mudaram seus
modos de vida, agora empregados em Campina Grande, principalmente na indústria
e no comércio. Nos anos 90 Queimadas tinha ares de cidade dormitório.
Daí pode-se observar
que tivemos um crescimento positivo, porém, desordenado. Quando a cidade era
pequena (demais), o poder público não tinha muitas preocupações com o
saneamento básico, resolviam-se tudo com facilidade e no improviso. A partir de
agora não mais, a cidade inchou e sem as devidas precauções e sem planejamento,
os principais serviços públicos entraram em colapso quase que simultaneamente:
ruas sem calçamento por todos os cantos; esgoto a céu aberto; animais criados solto
na rua; distribuição precária de
eletricidade; falta de água saneada e lixo por toda parte.
Quanto a água, no final dos anos 80 e início dos 90, a cidade
passou por uma enorme crise de abastecimento e o problema só foi solucionado com a construção de uma
adutora e de duas caixas d’água –
Castanho e Rua Nova – no ano de 1992, no governo (do Estado)de Ronaldo Cunha Lima.
Quanto ao lixo o
problema era mias gritante ainda e levou pelo menos uns 15 anos para ser
solucionado. Com poucos garis e sem
nenhum equipamento de coleta, a principio, a cidade sofreu bastante,
enfrentando a triste realidade de viver quase dentro do lixo. Lixões eram
comuns por todos os cantos e a cidade feia e mal cheirosa e ainda convivia com
o perigo de doenças emanados desses pequenos lixões . Por onde se andava na
cidade o que se via era lixo.
NOSSA POSTAGEM DE HOJE
VAI TRAZER EXATAMENTE ESSES PONTOS DE LIXOS ESPALHADOS POR QUEIMADAS – FOTOS DOS
ANOS 90 E 2000 - ARQUIVOS DE Antonio Carlos,
do prof. Maurício Xavier (atual vice-prefeito da cidade) e do BLOG TATAGUAÇÚ.
NOTA: não foi possível
identificar todos os logradouros que aparecem nas fotos, para isso pedimos a
colaboração de todos nossos amigos e colaboradores.

Esse espaço era na Vila, confluência das Ruas José Braz de França e JK. Onde hoje fica um pontilhão.

Essa é a famosa "Bela Vista".

Esse terreno baldio, que também servia de "lixão", é hoje estacionamento do posto São José.

As quatro fotos acima é de um mesmo espaço, próximo ao posto Dallas, entrada para Rua do Cruzeiro.

Vila, provavelmente a Rua Braz Cardoso (?).

Vila, a mesma Rua Braz Cardoso.

Novamente a Rua Braz Cardoso. Agora vemos um "lixão" em um dos terrenos baldio.

Aqui é um "lixão" ao lado do Clube Municipal.

Lixo como cartão postal na entrada da cidade - área do contorno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário