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sábado, 21 de abril de 2012

QUEIMADAS: UMA CIDADE QUE CRESCEU SEM INFRA-ESTRUTURA


De uma pequena cidade, acanhada e com ares bem interioranos, até os anos 80, Queimadas  teve sua área urbana aumentada, muito mais que dez (10) vezes, entre os anos 1990 e 2000. No ano de 1977, por exemplo, a cidade era 14 ruas contadas. Vá contar hoje...
 No final dos anos 70 veio a Vila I, a Vila II e os loteamentos  organizados por João Bastos. Assim, a cidade ganhou nova feição com seus novos moradores urbanos egressos, ora das propriedades rurais do município, cujos donos queriam se livrar da figura do “morador”, ora de uma população pobre que moram nos sítios sem a menor infra-estrutura: na “rua” tinha, pelo menos, água encanada e luz elétrica. E este foi o primeiro apelo migratório que fez “inchar” Queimadas.
Um detalhe não pode ser esquecido no item acima: a cidade ainda era muito pobre e sem empregos, tendo como principal atividade econômica a agricultura de subsistência. Esses novos moradores urbanos não tiraram o ‘pé na roça’ e tinham todas as características rurais, por exemplo, não se afastavam de um “roçado”, por menor que fosse.
SEQUENCIANDO.
Nos anos 80 a nossa expansão urbana se acentuou. Veio Aníbal Teixeira e o Correia Lima I.  Nova Cidade, Castanho do Pé da Serra, Correia Lima II e Vila III, são dos anos 90. Mais não parou por aí: O Castanho da Bela Vista, o Conjunto Mariz, a Invasão e o Loteamento Cássio, Cunha Lima, todos do final dos anos 90, se consolidaram nos anos 2000. Sem contar com outros pequenos loteamentos que fizeram parte desse boom de crescimento do perímetro urbano desta cidade.
Explicando o item acima: para esses novos pontos de urbanização, não vamos encontrar aquela população meramente rural tangida do campo pelas condições adversas. Para esses “bairros” vieram pessoas de outras cidades vizinhas a Queimadas, a exemplo de Fagundes, Aroeiras, Gado Bravo, Barra de Santana, Caturité, Boqueirão e outras. Também para esses espaços foram os recém casados e moradores rurais que mudaram seus modos de vida, agora empregados em Campina Grande, principalmente na indústria e no comércio. Nos anos 90 Queimadas tinha ares de cidade dormitório.
Daí pode-se observar que tivemos um crescimento positivo, porém, desordenado. Quando a cidade era pequena (demais), o poder público não tinha muitas preocupações com o saneamento básico, resolviam-se tudo com facilidade e no improviso. A partir de agora não mais, a cidade inchou e sem as devidas precauções e sem planejamento, os principais serviços públicos entraram em colapso quase que simultaneamente: ruas sem calçamento por todos os cantos; esgoto a céu aberto; animais criados solto  na rua; distribuição precária de eletricidade; falta de água saneada e lixo por toda parte.
Quanto a água,  no final dos anos 80 e início dos 90, a cidade passou por uma enorme crise de abastecimento e o problema  só foi solucionado com a construção de uma adutora  e de duas caixas d’água – Castanho e Rua Nova – no ano de 1992, no governo (do Estado)de  Ronaldo Cunha Lima.
Quanto ao lixo o problema era mias gritante ainda e levou pelo menos uns 15 anos para ser solucionado.  Com poucos garis e sem nenhum equipamento de coleta, a principio, a cidade sofreu bastante, enfrentando a triste realidade de viver quase dentro do lixo. Lixões eram comuns por todos os cantos e a cidade feia e mal cheirosa e ainda convivia com o perigo de doenças emanados desses pequenos lixões . Por onde se andava na cidade o que se via era lixo.
NOSSA POSTAGEM DE HOJE VAI TRAZER EXATAMENTE ESSES PONTOS DE LIXOS ESPALHADOS POR QUEIMADAS – FOTOS DOS ANOS 90 E 2000 -  ARQUIVOS DE Antonio Carlos, do prof. Maurício Xavier (atual vice-prefeito da cidade) e do BLOG TATAGUAÇÚ.
NOTA: não foi possível identificar todos os logradouros que aparecem nas fotos, para isso pedimos a colaboração de todos nossos amigos e colaboradores.
Esse espaço era na Vila, confluência das Ruas José Braz de França e JK. Onde hoje fica um pontilhão.

Essa é a famosa "Bela Vista".

Esse terreno baldio, que também servia de "lixão", é hoje estacionamento do posto São José.

As quatro fotos acima é de um mesmo espaço, próximo ao posto Dallas, entrada para Rua do Cruzeiro.

Vila, provavelmente a Rua Braz Cardoso (?).

Vila, a  mesma Rua Braz Cardoso.

Novamente a Rua Braz Cardoso. Agora vemos um "lixão" em um dos terrenos baldio. 

Aqui é um "lixão" ao lado do Clube Municipal.

Lixo como cartão postal na entrada da cidade - área do contorno.

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