2000
– a criatura X o criador
Não
levou muito tempo para ocorrer o rompimento de Assis, o novo prefeito, com
Tião, seu antecessor. Para Tião, essa condição era positiva, já que ele
galgaria o posto de “chefe da oposição”, enquanto Assis teria que compor com os
derrotados de 96 se quisesse governar. Assim, Tião poderia andar livremente
fazendo sua campanha para voltar à prefeitura, livre dos desgastes de um
governo que não era seu. Astuto, boa parte dos correligionários permaneceram
com ele, a exemplo do vice-prefeito Zé Miranda e do presidente da câmara, Zezé.
O que Tião não contava era com o advento da reeleição, instituto criado em 1998
para dá ao presidente FHC um novo mandato e que acabou beneficiando quem tinha
cargo executivo na época, a exemplo de Assis em Queimadas.
Fazer
uma campanha como candidato a prefeitura sendo o próprio prefeito era uma
situação privilegiadíssima e Assis Maciel se aproveitou disso. Do seu lado estavam
bons quadros oriundos do anti-tiãonismo
e ele, no que pese, ter começado uma campanha em desvantagem, devido a desgaste
de sua administração, soube superar a adversidade.
Antes
de ser instituído a reeleição, desenhava-se em Queimadas uma nova disputa entre
Saulo e Tião - Saulo sendo apoiado pelo prefeito. Mas, depois da nova ordem,
Assis passou a ser o candidato natural e dessa forma o velho líder foi
preterido – buscou alternativas, debalde, acabou se aliando a aquele que foi
seu maior rival. Tião e Saulo estava no mesmo palanque novamente 24 anos depois.
Os dois juntos foram sumariamente derrotados e muito analistas políticos da
época se alvoraram em dizer que ambos tinham “morridos abraçados”. Ledo engano.
Saulo
volta a prefeitura em 2004 e o grupo Tião, via seu filho Carlinhos, volta a
dominar Queimadas em 2008.
Assis Maciel (PPB) - 11.002 votos (eleito).
Tião do Rêgo (PTB) - 6.650 votos.
Antonio Carlos - foto ao lado - (PT) - 144 votos.
Diferenças entre os dois mais votados:
Em número de votos - 4.352.
Em termos percentuais - 23,9%
VOTAÇÃO PARA VEREADOR
Luciano do Rêgo ( PTB) - 755 votos.
Chiquinho Maciel ( PPB) - 728 votos.
Dutra (PFL) - 702 votos.
Inácio Joaquim (PPB) - 685 votos.
Ricardo Lucena (PTB) - 634 votos.
Zezé Anchieta (PTB) - 610 votos.
Gedeão (PPB) - 607 votos.
Paulo Severo (PST) - 607 votos.
Arnaldo Maia (PFL) - 578 votos.
Epaminonda (PTB) - 511 votos.
Paulo Roberto Bau (PST) - 480 votos.
Josete (PTB) - 441 votos.
Diassis Ananias (PST) - 403 votos.
Edielson (PFL) - 321 votos.
Raimundo Farias (PFL) - 288 votos.
Pedro Saulo - a entrada desse homem na campanha mudou o jogo completamente e deu a vitória a Assis: "o vice que eu quis/ opera e faz bonança/ é Pedro Saulo/ nosso MÃO SANTA..."
O "quatozão" de Tião: "o povo agora vai ter vez na prefeitura/ quem assegura esse direito é Tião/ que por ser povo com o povo se mistura/ em qualquer tempo, não só tempo de eleição..."
Juarez Alves - ainda com cara de menino - um candidato da base de Tião em 2000.
Coisas de eleição: panfleto da candidata Dutra denuncia violência na campanha.
Panfleto do candidato Maurício - trabalho prestado, pouco valorizado.
Assis Maciel no seu 2º mandato.
Em 2002 uma outra eleição mexeu com Queimadas - naquele ano o Jovem Jacó Maciel se elege deputado estadual com uma votação de 20.627 votos na Paraíba, dos quais 11.059 foram em Queimadas, e é o primeiro queimadense a ocupar esse cargo.
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