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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Homengem postuma II

11 anos sem Miranda
Para homenagear o grande Zé Miranda não e preciso palavras bonitas e elogiosas. Basta apenas lembra-lo. Lembra-lo para que as gerações atuais (e futuras) saiba de seu legado frente a educação de nossa cidade. 
Ze Miranda e Dedinha, com Delusia de Seu Baninho (esposa do dep. Doda de Tiao).
 
Com Dedinha: So love. 
 Em familia.
O paraninfo.
 
 Fazendo o que mais gostava...
MIRANDA e EU 2
Terminei meu ensino médio aos 17 anos de idade, muito novo para os padrões da época. Isso fez com que eu me acomodasse e não ter tirado a carteira de identidade a tempo de me escrever no vestibular. De repente chegou à época das inscrições, e eu estava impedido de assim o fazer.
Quando alguém me perguntava se eu tinha me inscrito, eu desconversava – inventava uma historia e nunca dizia a verdade, temendo não sei a quer. Miranda, muito astuto, e também informado por alguns colegas meus, percebeu aquela manobra e faltando dois dias para o fim das tais inscrições, ele me interrogou:
“Fez sua inscrição Quiel?”  - Disse ele.
“Fiz não Miranda!” - Respondi.
“Por quê? O que esta faltando? E dinheiro?” – Continuou.
“Não. O problema e que não tenho a identidade”.  Respondi me esforçando para não chorar.
E a conversa terminou por ali, acho...
No outro dia, estou no Ernestao assistindo aula, quando de repente chega um portador com um recado de Zé Miranda que queria me ver naquele instante lá na sua escola.
Pedi licença a Seu Vavá e lá fui eu.
“Quiel, pedi para o professor Nilson* ir ate a comissão do vestibular se informar com qual documento você pode se inscrever, na falta da carteira de identidade. Você pode fazer sua inscrição com o registro de nascimento. Lembre-se: e ate hoje”. Aquela foi uma das maiores alegrias que tive na vida...
No mais, lembro que fui correndo para casa, peguei o documento e dinheiro com mãe e fui pra Campina fazer minha inscrição, para ser aprovado em ciências biológicas.
* Nilson era professor de educação física na escola de Zé Miranda. Sujeito bom e dado a uma boa conversa. De tanto conversar, Chiquinho – carinhosamente, o batizou de “Nilson Boca de Mentira”. Mas agradeço muito a ele, junto com o saudoso mestre, e claro.

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