11 anos sem Miranda
Para homenagear o grande Zé Miranda não e preciso palavras bonitas e elogiosas. Basta apenas lembra-lo. Lembra-lo para que as gerações atuais (e futuras) saiba de seu legado frente a educação de nossa cidade.
Ze Miranda e Dedinha, com Delusia de Seu Baninho (esposa do dep. Doda de Tiao).
Com Dedinha: So love.
Em familia.
O paraninfo.
Fazendo o que mais gostava...
MIRANDA e EU
2
Quando alguém me perguntava se eu tinha me inscrito,
eu desconversava – inventava uma historia e nunca dizia a verdade, temendo não sei
a quer. Miranda, muito astuto, e também informado por alguns colegas meus, percebeu
aquela manobra e faltando dois dias para o fim das tais inscrições, ele me interrogou:
“Fez sua inscrição Quiel?” - Disse ele.
“Fiz não Miranda!” - Respondi.
“Por quê? O que esta faltando? E dinheiro?” –
Continuou.
“Não. O problema e que não tenho a identidade”. Respondi me esforçando para não chorar.
E a conversa terminou por ali, acho...
No outro dia, estou no Ernestao assistindo aula,
quando de repente chega um portador com um recado de Zé Miranda que queria me
ver naquele instante lá na sua escola.
Pedi licença a Seu Vavá e lá fui eu.
“Quiel, pedi para o professor Nilson* ir ate a comissão
do vestibular se informar com qual documento você pode se inscrever, na falta
da carteira de identidade. Você pode fazer sua inscrição com o registro de
nascimento. Lembre-se: e ate hoje”. Aquela foi uma das maiores alegrias que
tive na vida...
No mais, lembro que fui correndo para casa, peguei
o documento e dinheiro com mãe e fui pra Campina fazer minha inscrição, para
ser aprovado em ciências biológicas.
* Nilson era professor de educação física na
escola de Zé Miranda. Sujeito bom e dado a uma boa conversa. De tanto
conversar, Chiquinho – carinhosamente, o batizou de “Nilson Boca de Mentira”.
Mas agradeço muito a ele, junto com o saudoso mestre, e claro.









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