Homenagem - D. Condinha!

Há algum tempo estou devendo essa postagem. Um pedido da amiga Monara Silva, da Rua Nova, para que falasse-mos de sua avó materna, dona Condinha, uma antiga parteira de nossa cidade. Foto abaixo:

O texto que se segue é de autoria de Monara - confira:

“Uma mulher que nunca teve medo do desconhecido, sempre tentou da sua maneira ajudar os outros com seu jeito forte e simples de viver a vida”.

Cosma Lucinda da Conceição, Dona Condinha, como era mais conhecida, foi uma queimadense que se destacou ao longo de sua vida. Mulher de fibra e, mesmo com suas dificuldades, dava um jeito de ajudar o próximo. Cresceu vendo e admirando sua mãe Maria Luncida da Conceição fazendo os partos das mulheres da redondeza e seguiu seus passos. Foi também parteira, sempre incumbida em ajudar as mulheres que estavam preste a dar a luz. Fez o parto de milhares queimadense, que com a ajuda de Deus e suas orações, ficava feliz com cada nascimento. Quando algumas mães rejeitavam as crianças, ela as levava para sua casa e as criavam e, mesmo que alguns não tenham nascidos sem vida ela mesmo cuidava do velório.

Sempre quando se sabia da noticia que havia de algum defunto era a dona Condianha que vinham chamar para cortar a mortalha e vestir o cadáver. Sempre era ela que rezava as famosa “excelência”, canto que avisava a morte e enterro de alguém.

Dona Condianha sempre ajudava de alguma forma e tinha suas habilidades em parto, foi uma das primeiras parteiras da cidade. Mas ela não só tinha só tinha uma habilidade ficou conhecida também através de suas orações e fé, uma famosa rezadeira da cidade. Rezava as seguintes males: dor de cabeça, dor de dente, dor de ouvido,  olhado, ventre caído em crianças e mordida de aranha, e ainda fazia preces (orações) para aquelas pessoas que passavam por alguns problemas, como por exemplo os fazendeiros, quando estes perdiam algumas de  suas reses. Estes vinham a ela e pediam para que a mesma fizesse uma preces para seu gado voltar.  Quando fazia ela sabia se o animal estava vivo ou prezo em algum lugar e mandava o dono ir até o lugar para encontrar animal de uma maneira que não dar para explicar ela tinha este  “Dom”.

Era devota de Santa Catarina e sempre que precisava pedia a Deus primeiramente e a sua santa protetora.

Dona Condinha foi uma mulher que não tinha medo de nada e de ninguém uma mulher que tinha a expressão de dura que ficava feliz em ajudar alguém. Ela chegou a ter dez (10) filhos mais apenas uma sobreviveu e criou seis filhos das mães que não queria cria-los.

Sua filha biológica, Maria Joilza da Silva, filha dela e de João Taveira da Silva, teve quatro filhos para contar a história, Antonio Carlos da Silva, Jose Evandro da Silva, Maraiza da Silva e eu, Monara da Silva, onde agradecem a Deus por ter conhecido está pessoa tão especial que foi minha avó. Sua família tem orgulho de Dona Condinha que viveu boa parte de Sua Vida na Rua Francisco Ernesto do Rêgo (Rua Nova) onde hoje vivem sua filha e seus netos.

Assinado: Sua neta mais nova Monara da Silva que faz esta homenagem a sua querida avó, por ter sido a única que teve pouco tempo com ela, porque tinha eu 5 anos de idade quando ela faleceu, mais mesmo sabendo que foi pouco tempo que passei ao seu lado jamais vou esquecer a pessoa maravilhosa que ela foi para mim, tenho orgulho de ser neta de Dona Condinha uma mulher que contribui  e marcou a história da cidade.

Amo muito ela e para sempre ela vai existir na nossa memória e em nossas vidas.

O BLOG TATAGUAÇÚ SE IRMANA COM TÃO BELA E EMOCIONANTE HOMENAGEM